terça-feira, dezembro 14, 2004

A história, de tão marcante, está ainda bem fresca na memória de todo o amante da bola jogada (e não só): Santana que chega ao esteio da equipa para liderar, com um punhado de referências controversas e por alguns apontadas como duvidosas ou mesmo imerecidas de tal destaque. Nesta terra, já se sabe, o aval presidencial acaba por valer mais do que qualquer outro critério de poder inter pares, e Santana impõe-se nos primeiros tempos. No entanto, a sua capacidade de destruir, infinitamente maior do que a de construir, o seu constante contornar de todas a regras formais e tácitas do jogo, a sua natureza entrópica arrastam a equipa num resvalar prematuro que deixaria afinal a sua equipa na história. Depois de um afastamento parcial prematuro, e sob sentença de um presidente para quem "o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira", a época acabaria, para Santana, com um mais que previsto êxodo para outras paragens, desta feita em assalto constante e dedicado a um trono que já foi seu. O presidente, esse, soube relativizar a questão ao ponto de incluir todo este negro episódio como apenas mais um episódio de uma extensa e colossal carreira ao serviço do burgo, episódio afinal não muito surpreendente para quem o sempre conheceu.

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