quinta-feira, dezembro 23, 2004

Quando falamos de Santana, falamos, claro, de Luiz Alberto Santana, conhecido para o mundo do futebol como Luizão, impiedoso defesa central brasileiro, um guerreiro cego que jogava como se a sua grande área fosse o Delta do Mekong em 1967. As origens duvidosas, o Londrina Futebol Clube, time do Campeonato do Estado do Paraná, não obstaram à sua contratação pelo tal polémico presidente, dr. Pimenta Machado, xerife do condado-berço que o trouxe para defender as cores do Vitória. A história, de resto, escreveu-se no post anterior: se o objectivo era num dia Portugal e no seguinte a Europa, Luizão, com quatro jogos, não foi longe no intento, tendo passado as duas épocas seguintes a almejar o lugar que outrora granjeara. Na primeira, com as cores do Varzim, foram 28 desafios de puro esplendor marcial, seguindo-se depois a defesa da linha de Chaves, alinhando na defensiva flaviense, guilhotinando os adutores de toda e qualquer invasão por 29 ocasiões. Saldo disciplinar das duas épocas: 6 vermelhos e 22 amarelos. Para o tal presidente, porém, tudo isso serão já águas passadas, material para esse enorme saco azul que é a memória distante. E selectiva.

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