Havia demasiados sinais.
Quim Machado, o gurú de Santo Tirso, a ascender o Feirense à divisão maior 21 anos depois.
O Borda d’Água para yuppies, a revista MaxMen, que em tempos ousou plagiar leituras técnico-tácticas gizadas nas profundezas do balneário pré-fabricado da Caderneta, a fechar as portas.
A iminente batalha de dois históricos alfacinhas em palcos secundários lusos na época que se avizinha, um deles fortíssimo na Tapadinha e no Dragão, o outro mais forte no requerimento e na secretaria.
O ano em que Bock, portentoso a destroçar estatísticas goleadoras na Liga Orangina ao serviço do seu Freamunde, volta a reclamar a injustamente nunca conseguida internacionalização.
O ano em que o Luvas Negras volta a trazer o histórico Servette para a alta roda do futebol alpino, triunfando por fim em casa emprestada. Um pequeno passo para a indústria farmacêutica suíça, um salto gigantesco para Alves.
Na Vila das Aves assistimos também ao regresso a terras viriatas desse jovem de Miranda do Corvo que há uns poucos anos levantou bancadas inteiras na 2a Divisão holandesa à custa de quase uma vintena de golos ao serviço do Zwolle, baptizado pelos Deuses da grande área com o nome de Tozé Marreco.
Demasiados sinais, indómitos da bola telúrica, a pedir um regresso. É por isso com uma profunda convicção de fazer um bom trabalho e com o olhos toldados de quem passou demasiados anos a contemplar nuvens negras sob um pelado à chuva, à espera do golo que chega sempre demasiado tarde, que a equipa técnica desta humilde publicação vos sussurra uma vez mais: A Caderneta da Bola está de volta.
1 comentário:
Campeão voltou...!
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